terça-feira, 4 de outubro de 2016

Alemanha - Parte 3

Schwäbisch Gmünd (ou no simples e bom português: Chivébichi Guimund),

Foi a última parada e a maior estadia na Alemanha. Fica no sudoeste do país, quase 40km de Stuttgart (a maior cidade mais perto dela). Cidade onde mora meu irmão mais velho e sua família e cheguei lá de trem depois de Frankfurt. Mais fácil, mais cômodo, mais seguro, leva mais pessoas e o custo de manutenção deve ser mais barato de que um ônibus/rodovia. Em Schwäbisch era mais frio porque estávamos no alto de uma montanha, mas demos sorte pelos dias ensolarados que fez (que chamávamos de céu do Brasil) com temperaturas de 15° a 20°C. 

Uma cidade dahora e que representa de forma simples o jeito mais tradicional da Cultura Alemã. Sempre falei e penso que a melhor forma de se conhecer um país e sua cultura, além do esporte...é conhecer as cidades do interior/cidades pequenas. Não desprezo os grandes centros, as grandes cidades mas todas elas são mais do mesmo. 

Caminhávamos num parque onde há uma pequena floresta (sem animais além dos cervos e de seres humanos). Nesse parque jogamos mini golf (sozinho deve ser um saco), brincávamos com esculturas de água, havia uma sessão de dinossauros, grandes gramados, uma sinuca de futebol, uma fazenda com Pacas e por fim uma torre de 9 ou 10 andares que podia visualizar toda a cidade. Lá também dei umas corridas dentro da floresta e ao redor de uma plantação que não reconheci o que era. 

Foram tantos passeios. Uma visita à um monastério do século XII em Lorch, que por sinal era algo novo e impressionante para mim pois não tem esses locais tão antigos no Brasil por conta da sua idade. Uma visita à Stuttgart no museu da Mercedes-Benz e por fora do Estádio que também leva o nome da escuderia. Confesso que em determinados momentos eu prestava mais atenção no treino de futebol do time do Stuttgart do que nos carros (dava pra ver o CT do prédio do museu). A propósito quase tudo lá tinha o nome da Mercedes-benz: o estádio, restaurantes, bares, prédios, motéis. Íamos ao centro da cidade de Schwäbisch no final da tarde para tomarmos café (que eu dispensava e tomava outra coisa) e comíamos deliciosos pedaços de bolos (o que eu mais curti foi era o de Floresta negra = típico da região). 

Foram tantas coisas feitas, tantos pratos bons, bebidas e sobremesas excelentes que se contar tudo irá ficar um post longo. Um fato que gostaria de escrever é sobre a experiência mais paterna que já presenciei em minha vida ao ajudar a cuidar, olhar, segurar, brincar e passear com minhas sobrinhas. Disse no primeiro post sobre a Alemanha e repito = é um sentimento que bate de uma humanidade melhor. E o fato que mais me fez...sei lá...ter esse sentimento era quando lia livros em português para elas antes de dormir. Não que eu pensasse que fosse fazer isso mas elas que pediam pra ler livros como "O homem-biscoito" " Fante vai ao zoológico" e "Até as princesas soltam pum". 


Prometi que as cervejas iriam aparecer e aí estão elas. Ao todo 39 latas na foto mas na realidade são 40 porque peguei mais uma no aeroporto voltando pro Brasil (uma lata da Starbucks). Bati as 38 latas que trouxe dos EUA em 2012 (futuro post) e é claro que ocupou um belo espaço na mala e que teve uma engenharia de proteção com a caixa onde se encontram. Das 40 latas, 15 são de cerveja, 14 de refri, 4 de chá, 3 de Whisky (absurdamente horríveis), 1 de rum, 2 de energético e uma de café. A melhor cerveja delas, de acordo com o meu gosto, foi a Krombacher, uma das mais famosas aqui. E o que eu já esperava aconteceu. Latas muito baratas com o exemplo da Paulanner que custa 0,85 centavos de euro (no Brasil já vi por 23 ou 26 Temers). 

Já estava namorando algumas latas desde Alzenau e Frankfurt e com isso fui apenas 3 vezes ao supermercado para ter as 40...que se custaram 30 euros ao todo foi muito. Não podeira deixar te ter as latas de coca-cola: 6 ao todo; uma lata do Bayern de Munique e uma outra lata bem particular que será o tema do próximo post. 

Estou escrevendo esse texto à mão dentro do avião voltando pro Brasil e prometo não alterar quando for digitar pra publicar. Escrevo porque não consigo dormir e também porque não gosto de aviões e escrever está me acalmando. A pior parte é a decolagem e quanto tento dormir...essa porra balança. É incrível como algumas coisas aqui me remete ao filme/livro "Clube da Luta". Tipo...o vídeo de instruções de segurança onde os passageiros estão felizes e calmos quando uma situação de perigo acontece...ou a história da máscara de oxigênio que não só nos ajuda a respirar mas também nos deixam chapados pra perder a consciência do que acontece. De fato, tiro o chapéu para as comissionárias e comissionários que trabalham em empresas de aviação. 

Por fim, foi foda hoje (que na verdade foi ontem quando eu passar pro blog hahahaha). Outra coisa que não curto são despedidas. Hoje, todos meio que acordaram em silêncio e os assuntos não vieram facilmente como antes seja em alemão, inglês ou português. As crianças também sentiram esse clima de despedida e nós então nem se fala. Os olhares de saudades já tomavam conta e não adianta se achar o durão ou machão porque nessas horas o bang é foda. Ao despedir de todos, as palavras mal saíam da minha boca tamanho era o nó na garganta. Ter familiares que moram longe nos fazem passar por isso. Pra piorar, no carro indo pra estação de trem...tocava uma porra de uma música da Adele triste pra caralho. Mas faz parte...é a vida.

A trilha sonora desse texto ficou a cargo da Lufthansa e sua sugestão para o novo álbum do Red Hot Chili Peppers "The Getaway". Na minha opinião, as melhores faixas são "Encore" e "The Hunter".

Bebi pouca cerveja viu. E como é importantíssimo saber falar inglês.

Agora faltam exatamente 4:53 min pra chegar na Pátria Amada. Provavelmente vou tentar achar um bang aqui pra ver, já que não vou dormir mesmo.

Danke Deutschland; Danke Schwäbisch Gmünd; Danke Familie...Auf Wiedersehen.


domingo, 25 de setembro de 2016

Alemanha - Parte 2

Frankfurt, 

A grande cidade da Alemanha que visitei. Sozinho por apenas três dias. Ainda me fascina e causa um certo estranhamento a questão da cultura. Andar a noite é de boa. Todos os serviços que vc necessita deve-se pagar, inclusive o carrinho de supermercado e a sacola dele e o fato de eles não usarem sapatos dentro de casa. Apenas meias ou chinelos, pantufas e simpatizantes do tipo que são específicos do lar. 

Estava em Frankfurt, em seu coração, estadiando no meio do centro novo da cidade. Muito estrangeiros inclusive eu. Muitos muçulmanos com mulheres usando véu, turcos, húngaros, indianos, chineses e japoneses. Uma cidade grande apressada como qualquer outra. Transporte público de boa e bem eficiente e uma cidade que preza o não uso de carros favorecendo bem as bicicletas. Não só Frankfurt mas o país inteiro preza isso. 

Claro que visitei os pontos turísticos como igrejas antigas do século XIV, pontes, o rio Main, a Universidade de Goethe, a Main Tower (inclusive subindo até o seu topo e avistando toda a cidade), o centro antigo, bares, cafeterias e o prédio do Banco central europeu (onde funciona o coração da União Européia). Em volta desse prédio, há uma grande área de lazer, com quadras de basquete, handebol, hóquei na quadra, e é claro futebol (avistei uns caras jogando, me aproximei mas não tive como jogar pois já estava de partida. Queria muito pq o melhor jeito de se conhecer uma sociedade é praticando um esporte nela), uma complexa pista de skate, patins, e bike e um longo percurso para caminhada, além é claro de uma mesa de ping pong feita de concreto e aço que continha a frase "Refugees Feel Home". https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1316828375018453&set=a.227905983910703.59321.100000739107433&type=3&theater

Lá experimentei os pratos típicos da Alemanha, como o famoso Sauerkraut (chucrute - o vermelho é melhor do que o mais claro), as salsichas (sem pensamentos infames) e um verdadeiro Kebab Döner feito por um cozinheiro turco, além do vinho de maça, específica bebida de Frankfurt que muita gente não gosta e que realmente não é bom mas não é tão ruim. O melhor momento em Frankfurt foi ensinar para a galera como fazer a verdadeira caipirinha do Brasil. Trouxe comigo uma garrafa de cachaça e dei como presente para a república onde fiquei. Fiquei bem feliz e agraciado com a reação deles quando fizemos as caipirinhas. Foi algo do caralho e de fato não é uma nacionalidade que faz o seu caráter ou determina ele...é o seu jeito de ser que faz as pessoas gostarem ou não. E propor ensinar a fazer caipirinha e explicando que é um crime colocar água como um dos elementos dela...foi de grandiosa excelência para uma experiência em outro país.



Era difícil de pegar latas por ter que carregá-las depois. Mas visitei alguns supermercados para ter uma ideia de quais seriam escolhidas para pertencer a coleção e fiquei abismado com o preço delas: Uma Paulaner que no Brasil gira em torno de 20 Temers aqui custa 0,85 centavos de Merkels. Em Frankfurt, apenas três. Duas Cocas e um chá. E ai você deve estar se perguntando cadê as cervejas alemãs? Estou com elas já e até o momento estou com 33 latas e contando. No próximo post haverá todas.

Agora estou em Schwäbisch Gmünd (tente pronunciar esse nome hahahaha) a cidade onde meu irmão mora. Viajei de Frankfurt pra cá de trem. Dahora também...é igual busão só que mais fera. Fico aqui até o dia de ir embora.

O tempo não está mais frio. Está frio mas não sei se já estou adaptado aos 17, 18 graus que faz ou se é o sol que tá smirilhando.

A saudades do Brasil já bate e forte. Comemos arroz, feijão, farofa e uma boa picanha nesse final de semana. Mas o melhor país para se estar é onde nós crescemos.

A música de hoje: Dire Straits e Eric Clapton - Walk of life: https://www.youtube.com/watch?v=mjVaJsyr3iY

Dank Frankfurt.







terça-feira, 20 de setembro de 2016

Alemanha parte 1

Ia ser mais dahora viajar se não fosse os bangs de aeroporto e a longa duração da viagem. 12 horas de São Paulo à Frankfurt dormindo apenas 20 min é muito cansativo e impaciente. Vendo filmes como "O Regresso" (que não achei tão bom quanto disseram e tals... é bom mas não tão bom) documentários sobre Serena Williams e Alan Iverson e lendo o livro sobre a história do Alice in Chains enquanto escutava Dire Straits...me fizeram passar o tempo.

A Alemanha não é um país tão tradicional quanto eu pensava. E eles não são tão bravos quanto parecem. É um país muito dahora com algumas particularidades que a diferença de culturas entre Europa e Américas nos proporciona ver. É muito engraçado a concepção de calor para eles. 25° graus é quente e 32° graus é o inferno. Mal eles sabem que a temperatura de boa em Ribeirão é entre esses números hahahahah. Aqui há aquecedores pra tudo quanto é lado, igual ao Brasil só que com ventiladores e ar condicionados. Carros aqui? Os melhores possíveis. Nunca vi tantos Audis, BMWs, Porsches e tantos outros que dificilmente vemos no Brasil. Come-se bem aqui. Na mesa de almoço ou de jantar há poucas opções...porém a comida é pesada. Muitos pães, batatas, e carnes de porco. Tudo muito delicioso. No almoço de sábado, comi um porco assado com um molho madeira de cogumelos e batata empanada...e foi do caralho. 

Minha mãe e eu viemos pra cá pois meu irmão mais velho mora aqui há 10 anos e possui uma família com duas garotinhas muito lindas. A segunda e mais nova fez um ano e foi seu batizado em que fui padrinho. O sentimento de uma humanidade melhor bateu quando batizei minha sobrinha. Na cerimônia tive que ler uma prece. Li em português com a tradução para o alemão no folheto da igreja: "Deixai vir a mim as criancinhas...Pai misericordioso e bom, acolha em seus braços a pequenina Elisa, protegendo-a e amparando-a em todos os momentos de sua vida". A única coisa que tive que falar em alemão foi na hora em que tive que abenço-la e dizer "Com a ajuda de Deus" ou "Mit Gottes Hilfe". 

Claro que as impressões que tenho daqui não são generalistas. São apenas as minhas experiências. E por falar em experiências...é claro que vim aqui caçar latas. Bastante latas, já que aqui se toma muito cerveja, quente ou fria que por sinal são ótimas.   


Essa foi a primeira lata. Peguei no logo no avião indo pra Frankfurt. A Comissária de bordo me oferece uma cerveja...eu digo sim...e ela coloca a lata na minha poltrona. Ao notar que não tenho a lata... pergunto pra ela se é possível eu guardar na minha mochila ou há alguma questão de segurança que me impede isso. Ela ficou muito animada quando contei que tinha uma coleção e ainda me forneceu um papel pra que eu pudesse embrulha-la. 

Haverá mais latas se depender de minha mãe hahahaahha. 

Por fim, é muito confortável e muito tranquilizador viajar e saber falar inglês. #ficaadica.

Não há música hoje porque escrevi por meio do meu celular. Mas fica a indicação de qualquer música do Dire Straits. 

Bis später.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

A intimidação de uma platéia

Manooo...o que foram esses Jogos Olímpicos? Não só o evento em si mas para a minha vida? Do nada, só coisas boas e notícias excelentes e um reconhecimento tão aguardado. Felicidade não cabe em mim, mas o que mais me importou foi o sentimento de segurança, motivação e esperança que voltaram e espero que fiquem. 

Nunca pensei que fosse dizer isso, mas curti esse bang de ministrar palestras hahahahah. Para quem é tímido e na maioria das vezes tem medo do julgamento das pessoas...enfrentar uma platéia e sua intimidação não é fácil, ainda mais duas palestras em quatro dias. A mão e o corpo suam mais que tampa de marmita, a perna esquerda não para de bater, os olhos não piscam e sem contar manchas vermelhas pelo corpo. Tudo isso é psicológico e faz parte de um processo que quanto mais velho e mais aulas/palestras eu faço, melhor eu controlo esses bangs todos. 

O mais engraçado disso é que sentia todas essas coisas antes de jogar e ministrar uma palestra no museu do futebol lá no Pacaembu me fez lembrar os caminhos do vestiário até o campo depois da reza do Pai Nosso. Mas tudo passou quando a primeira frase é dita no microfone e você se sente confiante daquilo. Foi igualzinho a confiança que eu sentia depois que a primeira bola do jogo chegava ao meu gol e quebrava a barreira da ansiedade/insegurança. Realmente, dar aulas, palestras e afins é uma arte e deve-se estar preparado para aquilo. E eu estava.


Mas o que o fato de enfrentar uma platéia e ter alguns "cupis" tem relação com a minha coleção? É muito provável que você esteja perguntando isso. A semelhança seria a intimidação, mas nesse caso uma intimidação boa e que me conforta, que me engrandece para enfrentar tais situações quando entro no quarto das latas e me sinto vigiado por todas elas. 

Todos os dias de manhã ao acordar, claro que antes vem o afago de minha cachorra, encho uma caneca do Palmeiras de café e leite frio, pego uma bolacha, vou até o quarto delas e puxo um banco pra sentar. Ali, falo um bom dia como se eu personificasse elas (é muito comum personificarmos as coisas materiais e materializarmos as pessoas como diria Karl Marx) e aprecio meu café olhando e sendo olhado. Não posso ficar muito tempo lá dentro porque o sol de manhã ferve aquele quarto, contando que estamos em Ribeirão Preto e, somando ao calor...tem o fato da claridade da luz solar que devo tomar cuidado.  

A intimidação de um público é normal para aquilo que escolhi fazer, meus pensamentos podem alcançar mais pessoas do que num artigo publicado. E por fim, ser professor e lidar com isso todos os dias devia ser considerado um feito divino. 

Trilha de hoje Green Day - Are We The Waiting? - https://www.youtube.com/watch?v=6HXa2gVj4mg.

Obrigado por ter lido. ;) 

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Os Detalhes

É a primeira vez que escrevo um texto do blog sentado no quarto das latas. Provavelmente publicarei esse texto a noite com mais calma. Mas a concepção dele está sendo feito nessa manhã junto com elas. Não sei porque decidi escrever aqui. Talvez seja onde eu sinta mais conforto, mais segurança, me sentindo abraçado por elas...sei lá...só quis fazer isso hoje. Tenho que ser rápido na escrita porque aqui dentro é um puta de um calor e bate um sol do caralho que provavelmente me deixará com dor de cabeça mais tarde. 

Essa semana um rapazinho de um ano de idade quis vê-las e tacou o terror aqui dentro...derrubando elas, apertando forte outras. Por dentro eu estava me remoendo, querendo que ele vazasse logo hahahahaha. Mas por fora eu tava de boa. É criança e ele curtiu demais a coleção e não podia fazer nada. 

Não to aqui pra falar desses bangs. Vou escrever hoje sobre detalhes nas latas que faz a galera pensar que sou maluco. Funciona assim, quando tu decide colecionar um bang e depois pega paixão por aquilo, a ponto de criar um blog, vc se apega e se atenta a tantos detalhes que vai fazer sua coleção ser dahora, ser muito fera. E são nesses detalhes, alguns um pouco constrangedores de mostrar e outros nem tanto, que já me renderam xingamentos, olhares de desprezo (do tipo..."pq ele faz isso?") mas também uns olhares de veneração e encantamento. 


Vou começar com as mais de boa para as mais fodas. Essas duas Erdingers não possuem nenhuma diferença na parte de trás. Na frente dá pra ver bem a diferença entre elas. As estampas, o emblema, o letreiro e a pintura da parte superior são diferentes. 


Beleza. Agora as duas Belzebuth. Dá pra notar a diferença né? Não sou tão louco assim. Claro que os contornos, o preenchimento e o capeta estão diferentes. Mas olha no topo da lata. Viu a diferença no letreiro Extra Strong? Se só houvesse a diferença ali, eu pegaria a lata da mesma forma. 


Nessas Brahmas também a diferença é perceptível. O tamanho do termômetro, dos letreiros e do emblema da marca. Ainda não sou louco né?


Agora fudeu né? hahahhahaha. Latas da Germânia. Elas não tem nenhuma diferença. Nem mesmo na cidade onde foram fabricadas. Talvez na imagem não dê pra ver bem, mas de perto da pra ver que a da esquerda tem uma cor mais escura que a da direita. Poderia ter sido erro na produção ou a outra tomou mais sol, sei lá. Mas na minha definição de diferentes, elas são.


Prometo que é a última. Latas de energético do Bob Marley. Tu toma uma lata dessa e dorme por três dias e depois acorda numa larica. Não há nada de diferente em ambas. Mas preste atenção na parte que contorna a cabeça do lado direito do Bob e vai até o ombro hahahahaha. O mesclado do vinho com o amarelo são diferentes. E sim, nessa eu me achei louco.

Não teria graça em fazer uma coleção se não prestássemos atenção nos detalhes. Afinal, quando curto alguém...são nos detalhes que mais tento ver e apreciar. Sem contar o fato de eu ser gêmeo e tentar mostrar minhas particularidades pra não ser tratado como duas pessoas.

Trilha sonora de hoje fica por conta de uma pedrada: https://www.youtube.com/watch?v=Q3dvbM6Pias - Rage Against the Machine - Testify.

É nóis. =)

domingo, 26 de junho de 2016

A menor lata

Eu tava pensando em escrever uns bangs relacionado a complexo de inferioridade e tals pra falar da menor lata...mas vou deixar essa bad trip de lado. Vou falar de um programa de tv muito dahora (pelo menos pra mim). Escovando os dentes antes de dormir, assistindo tv, vi essa série que se chama "Coleções Incríveis" e nela mostra as coleções mais feras que existe e no final do programa, o apresentador avalia o quanto custa a coleção, o quanto ela vale. E o que mais me chamou atenção nesse bang, é que em todas as coleções, seja ela de carro, brinquedos, bonecas e tals, todos os colecionadores faziam questão de mostrar o menor dos seus artigos ou seus artefatos.

E por mais que sejam pequenos, pra quem coleciona o peso e o amor é o mesmo dos outros. E assim, como a maior lata, também faço sempre questão de mostrar a menor lata.


Se não me engano ela mede 7cm enquanto a maior mede 21cm (sem pensamentos maliciosos!!!) e pra ser sincero ela é uma montagem. Perto de casa há um restaurante japonês muito famoso aqui em Ribeirão e seus cozinheiros moram numa casa vizinha a minha (nenhum deles é japonês). E nessas conversas de calçadas, descobriam que eu tinha uma coleção. E então, como uma forma de me presentear, eles fizeram essa montagem da lata de Skol. Ela é toda certinha, tem os lacres e tudo mais, adaptados para esse tamanho. 

Por falar em Japão, se não fosse essa lata, a menor provavelmente seria uma lata japonesa. 

Seja pequena ou não, ela é especial, ela é encantadora, ela rende história e ela é imponente. 

Obrigado cozinheiros do restaurante japonês. Não vou lá pq não como peixe mas fica aqui a indicação.  ;)

A trilha sonora enquanto escrevia fica a parte de Alice in Chains - Nutshell: https://www.youtube.com/watch?v=Qlh12z2yS_A.




sexta-feira, 3 de junho de 2016

A maior lata

Não tem como falar da maior lata da coleção sem pensar em complexo de superioridade que temos em nossas vidas. O duro é pensar que esse bang não é posto somente por nós mesmos, mas sim por toda uma estrutura, um sistema, um código de comportamentos que são impostos sobre nós. Para mim, essa mania de querermos sempre ser os maiorais, os superiores, aquelas pessoas intransponíveis e tals, é tudo fruto do medo de sermos inferiores a alguém, ou a certos grupos ou a certos ambientes. Mecanismo de proteção social? Pode ser. Cretinice? Também, pois é dessa busca da superioridade que vem o preconceito, o racismo, o machismo e o que eu estudo: o xenofobismo. 

A hipocrisia disso tudo é que estava eu, outro dia, mostrando minha coleção para uma pessoa e na mania de mostrar as latas que mais gosto e as que são especiais e históricas, sempre...eu digo sempre vou mostrar qual é a maior lata. E de fato, as grandes latas (as de 1 litro) são as que engrandece a coleção, no sentido de um valor sentimental e estético obviamente.   



A maior lata vem da Mãe Rússia. Imagina se um país daquele tamanho e de uma história tão forte na humanidade não teria seu impacto no mercado mundial de latas e na minha coleção. O nome? Baltika, 1 litro. Gosto da cerveja? Muito boa, suave, não muito amarga. Comprei ela pela internet, numa loja de cerveja artesanais. A segunda lata que comprei online e é claro que fiquei e fico com um cagaço da lata não chegar ou chegar uma lata diferente da que eu pedi ou pior, chegar uma lata que já tenho. Deu tudo certo, os caras da loja foram muito feras na arte de embalar e protegê-la certinha.

Apesar da minha crítica, gosto muito dela e não vou parar de mostrá-la até porque ela é muito dahora. 

Por falar em Rússia, Moscou, vai uma pedrada de um show que rolou lá: https://www.youtube.com/watch?v=aDACorIaxNw (Pantera - Domination).

Obrigado. =)

sábado, 14 de maio de 2016

Lata de Tequila

Me permite resenhar um pouco ou falar aquelas coisas que todo mundo fala: a vida é feita de momentos. Momentos ótimos/ruins, agradáveis/desagradáveis, confortantes/nada confortantes, inspiradores/nada inspiradores e seguros/inseguros. Parafraseando também Chuck Palahuniuk (escritor do Clube da Luta) é num momento que chagamos mais próximo da perfeição mas para mim o contrário também é válido: num momento tudo pode desabar. Claro que há jeitos e trejeitos para superar ou aproveitar esses momentos e que eles podem durar segundos, horas, finais de semana, semanas, meses, semestres e por ai vai. Mas ainda são momentos, apenas momentos. 

E um jeito de agir em relação aquilo que certos momentos nos trazem é tomar um porre! Brindar ou cair na desgraça, felicitar ou amargurar. E a bebida que mais combina, não para mim, mas que vi por ai e também pela sua força quando atinge a mente é a Tequila.

É claro que tenho uma lata de tequila. Por sinal, a mais inusitada pois não se vê tequila enlatada por ai. Acho dahora o nome dela: Inferno. Pode trazer tanto um sentido pejorativo mas também um sentido libertador da palavra quando você quer ligar o esmiril. 

A história dela também é muito fera. Meus pais viajando pra Poços de Caldas, vão a loja de antiguidades não me lembro o motivo. Curiosamente, meu pai pergunta ao dono do estabelecimento se ele não teria latas antigas, nas quais seriam um presente para o seu filho (no caso eu). O rapaz, desdenhando da pergunta (como sempre), fala que não vende esse tipo de bang mas que tinha uma lata jogada entre uns móveis antigos e que fazia muito tempo que estava lá. Meu pai logo a pega e pergunta qual o preço dela. Esperando um valor alto, já que não se trata de um comércio de bebidas, o rapaz surpreende e fala "Pode levar, não vale nada para mim". Feliz fiquei eu, que ao receber a lata vi que era de tequila e esse tipo de lata engrandece uma coleção. 

Esqueci de mencionar que os momentos vêm a partir de nossas escolhas. Eu escolhi colecionar latas e adquiri esses momentos para poder escrever aqui. 

Música de hoje enquanto escrevia: https://www.youtube.com/watch?v=UkDtFEoiTSs (Blink-182 - Pretty Little Girl).

Obrigado por ler mais um e aproveite seus momentos bons. Neles, a felicidade é plena. ;)
  

domingo, 3 de abril de 2016

Duas paixões em uma

Tava eu pensando outro dia sobre hobbies que criamos para nossa vida, ou por quê fazemos isso, qual significado dessas manias e tals. Não consegui achar respostas. Apenas sinto que são importantes para todos. No meu caso, foi fundamental para a minha vida ter essas manias/hobbies, claro tirando o esporte que as vezes me faz mal hahahaha. Se tratando da coleção, que aliás fez 14 anos em março, não tive um motivo especial, apenas uma vontade que foi crescendo depois da primeira, segunda, terceira, centésima, milésima lata. 

Mas nesse post quero falar de outra paixão minha, tocar bateria. Foram 3 ou 4 anos que tive uma bateria. Curti ela muito por conta de sempre ouvir Raimundos e aprendi sozinho a tocar. Depois fiz aula para ler partituras e afins, mas o que mais curtia era conseguir tocar as músicas que eu mais gostava apenas pelo ouvido. O único problema é que sou canhoto e aprendi a tocar como destro e assim possuo algumas limitações de movimento, mas nada que me fizesse parar de estralar as paredes, janelas e ouvidos dos vizinhos. 

Passei muito tempo tentando achar uma lata que representasse minha paixão pela bateria. Demorou muito pra vir, mas graças ao Rock in Rio de 2013 a Heineken fez uma edição especial com suas latas, 4 latas que tinham uma guitarra, um baixo, um microfone e uma bateria. Finalmente consegui unir duas paixões: 

Infelizmente, vendi minha bateria para comprar um vídeo game e me arrependo muito disso. Não se vende uma bateria. Ela não é igual a um violão que você traz aqui, traz lá e de boa. Ela é uma bateria, e ocupava quase metade do quarto. Também perdi as fotos dela e a única coisa que me restou foi um par de baquetas. E é com esse par que batuco em almofadas, sofás, paredes, mesas, nas minhas pernas, e em tantos outros lugares que possa fazer um barulho bacana. Também bato muito meus pés no chão quando estou sentado, resquício de uma saudade, de uma paixão e de um arrependimento. 

Ainda leio partituras, vejo muitos vídeos de bateristas e tals. Mas nada se compara em ter uma caixa, tons, surdo, bumbo e pratos pra entrar num universo de muito barulho, intensidade e explosão.

Pra finalizar, fica aqui um link de umas das músicas que mais curto tocar: https://www.youtube.com/watch?v=WjuLBS5SIQk

Obrigado por ter lido. =)