quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A Primeira Lata

Neste exato momento estou dentro do ônibus indo de Limeira para Ribeirão. São 3 horas de viagem pelo menos e se eu vou e volto são 6 horas de viagem por final de semana. Indo e voltando, em média, duas vezes por mês, isso dá 12 horas por mês. Multiplicando 12 horas por 12 meses dá 144 horas de viagem por ano e por fim, multiplicando 144 horas por 6 anos dá 864 horas que já viajei em média. Ou seja, se transformasse em dias, eu passei 36 dias dentro de um ônibus (Olha só, uma cara da humanas fazendo conta. Não, a calculadora tá na aba ao lado).

O que fiz nesses 36 dias ou o que faço nessas 3 horas? Basicamente, ouço música tendo uma playlist que contempla Alice in Chains, SOAD, Pantera, Nirvana, Temple of the Dog, Matisyahu, Slipknot, Mad Season e Pearl Jam. A pessoa que senta no banco da frente deve me odiar pelo tanto de batuque que faço com os pés (estou pensando nos meus colegas de laboratório que escutam isso quase todos os dias. Minhas sinceras desculpas, pois já me tacaram um estojo na cara). Leio livros (é tanto tempo viajando que não sinto vertigem ao ler ou escrever algo dentro do ônibus enquanto ele faz esse “remeleixo” todo) e penso (em muita merda é óbvio).

Já vi muita coisa estranha em todas essas viagens. Já troquei muitas ideias nas viagens, mas o que mais me irrita é aquele cheiro de coxinha de frango e coca-cola misturado com cigarro que algumas pessoas têm quando o motorista faz aquela singela parada de 10 minutos e todos voltam ao seu assento. Poderia ser pior e as moças vão saber do que estou falando. Sim, sobre os assédios que as mulheres sofrem e infelizmente já vi muitos (deplorável). 

Mas não estou aqui para falar de coisas ruins e sim para falar de coisas boas (Não, não é para você ligar agora e comprar uma TekPix ou aquele danone que você perde 10 kg em uma semana). Hoje contarei a história da primeira, da pioneira, daquela que começou o rebanho e da mais antiga lata. Penso ser muito digno esse post ser dedicado a ela já que a primeira vez nós nunca nos esquecemos (Safadinho(a), já pensou em sexo né?).

Lembro que era um sábado de manhã e Pai Carlos chega em casa com a lata que está na foto:



Kirin Ichiban (norte-americana - 350 ml)

Era um presente de uma conhecida e ele a deixou no hack do lado da Tv. Eu assistindo a desenhos, começo a reparar na lata (tipo, reparando muito, cerca de uns 10 minutos frisando nela). Então, começo a imaginar como seria ter várias latas daquele tipo ali. Já imaginara ter latas, de cores diferentes e de sabores diferentes e, portanto, foi neste exato momento que eu decidi ter essa coleção. Porém, antes de começá-la, tive que determinar algumas regras para ela: Não ter nenhuma latinha repetida, todas vazias com o lacre aberto e só poderiam ser de bebida. Também me lembro de que foi um boom de latas nas primeiras semanas e por isso, mal demorei em alcançar a lata de nº 100. Outro fato importante a ser falado (e importantíssimo para a minha coleção) era que nessa época a Fanta acabara de lançar os sabores citrus e maça (futuro post sobre os sabores da Fanta).

Hoje confesso que meu pai queria que a primeira lata virasse um porta lápis/caneta/tesoura ou algo do tipo. Mas para minha felicidade isso não foi possível.

Agradeço mais uma vez por ter lido e prometo escrever posts mais curtos para não tomar muito seu tempo. Agora devo desligar todo esse bang, pois mais uma viagem está terminando.

Um comentário:

  1. Já entendemos que o batuque faz parte de vc!!! Prometo pedir silêncio de outra forma...não por meio do estojo!!.rs Lisonjeada por participar do post!!

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