sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A lata mais difícil

Não tenho passado bons momentos nessas últimas semanas. Assistindo a uma série que tá passando no Multishow, que se chama "A segunda vez", me deparo com um pensamento do protagonista: A merda vem de 3 em 3. Merda 1: Gripe; Merda 2: Palmeiras; Merda 3: Fapesp. Não é difícil sacar que a merda 3 foi a que mais me afetou (ficar sem financiamento na pós-graduação é deplorável e eu sei que a culpa disso são os meus deméritos mas também é de todo um sistema podre de distribuição das bolsas). Osso! Desanimado mas o trabalho continua, afinal, curto muito o que faço aqui (Sim, era um sonho entrar no mestrado e sou feliz pela escolha que fiz).

Sem desvirtuar muito do propósito deste blog e utilizando de duas coisas que me acalmam (a arte de escrever e as latas) contarei a história da lata na qual tive muitas dificuldades para consegui-lá. Tu pode até vê-la na rua, em vários supermercados, bares e simpatizantes. Hoje ela é muito mais de boa de se achar perto do que era quando lançou. Por incrível que pareça é a lata de Guaraná Ice. 


Foi foda. Meu pai e eu ficamos cerca de uns três meses procurando. Entramos em diversos estabelecimentos, tanto em Limeira quanto em Ribeirão e nada de encontrar. Os funcionários destes estabelecimentos diziam que os estoques acabavam muito rápido, pois era uma novidade e era da Guaraná. A caçada foi dura e o que mais me deixava tenso era a escrita que há em cima do logo da marca: "Edição Limitada" (olhe na foto). Essas duas palavras torna a coleção mais especial, torna o sabor da conquista mais legal e o tempo passava e nenhum sinal dela nas minhas estantes.

Pois bem, tive que utilizar da tecnologia para tê-la, devido ao cagaço que tinha da lata sair de mercado e minha coleção ficar defasada. Fui a internet, no site de uma grande empresa de supermercados (que começa com Pão e termina com De Açúcar) e fiz a compra online. Um empecilho era que a distribuidora era da cidade de São Paulo e além da lata custar-me 1,50 dinheiros, o frete me custou 5,30 dinheiros a mais. 

Depois de uns 5 dias a lata chegou. Foi só alegria e é claro bebi o conteúdo (o Ice da bebida é que sua garganta fica gelada após um ou dois goles). Não curti muito. Porém, o que importa é ter a lata (pensou que eu iria falar que o que importa é ter saúde né?).

PS: Outra coisa que me deixa calmo é ler os livros de Chuck Palahniuk, autor do livro "Clube da Luta". 

Agradeço você por ter lido mais um post. =) 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A Primeira Lata

Neste exato momento estou dentro do ônibus indo de Limeira para Ribeirão. São 3 horas de viagem pelo menos e se eu vou e volto são 6 horas de viagem por final de semana. Indo e voltando, em média, duas vezes por mês, isso dá 12 horas por mês. Multiplicando 12 horas por 12 meses dá 144 horas de viagem por ano e por fim, multiplicando 144 horas por 6 anos dá 864 horas que já viajei em média. Ou seja, se transformasse em dias, eu passei 36 dias dentro de um ônibus (Olha só, uma cara da humanas fazendo conta. Não, a calculadora tá na aba ao lado).

O que fiz nesses 36 dias ou o que faço nessas 3 horas? Basicamente, ouço música tendo uma playlist que contempla Alice in Chains, SOAD, Pantera, Nirvana, Temple of the Dog, Matisyahu, Slipknot, Mad Season e Pearl Jam. A pessoa que senta no banco da frente deve me odiar pelo tanto de batuque que faço com os pés (estou pensando nos meus colegas de laboratório que escutam isso quase todos os dias. Minhas sinceras desculpas, pois já me tacaram um estojo na cara). Leio livros (é tanto tempo viajando que não sinto vertigem ao ler ou escrever algo dentro do ônibus enquanto ele faz esse “remeleixo” todo) e penso (em muita merda é óbvio).

Já vi muita coisa estranha em todas essas viagens. Já troquei muitas ideias nas viagens, mas o que mais me irrita é aquele cheiro de coxinha de frango e coca-cola misturado com cigarro que algumas pessoas têm quando o motorista faz aquela singela parada de 10 minutos e todos voltam ao seu assento. Poderia ser pior e as moças vão saber do que estou falando. Sim, sobre os assédios que as mulheres sofrem e infelizmente já vi muitos (deplorável). 

Mas não estou aqui para falar de coisas ruins e sim para falar de coisas boas (Não, não é para você ligar agora e comprar uma TekPix ou aquele danone que você perde 10 kg em uma semana). Hoje contarei a história da primeira, da pioneira, daquela que começou o rebanho e da mais antiga lata. Penso ser muito digno esse post ser dedicado a ela já que a primeira vez nós nunca nos esquecemos (Safadinho(a), já pensou em sexo né?).

Lembro que era um sábado de manhã e Pai Carlos chega em casa com a lata que está na foto:



Kirin Ichiban (norte-americana - 350 ml)

Era um presente de uma conhecida e ele a deixou no hack do lado da Tv. Eu assistindo a desenhos, começo a reparar na lata (tipo, reparando muito, cerca de uns 10 minutos frisando nela). Então, começo a imaginar como seria ter várias latas daquele tipo ali. Já imaginara ter latas, de cores diferentes e de sabores diferentes e, portanto, foi neste exato momento que eu decidi ter essa coleção. Porém, antes de começá-la, tive que determinar algumas regras para ela: Não ter nenhuma latinha repetida, todas vazias com o lacre aberto e só poderiam ser de bebida. Também me lembro de que foi um boom de latas nas primeiras semanas e por isso, mal demorei em alcançar a lata de nº 100. Outro fato importante a ser falado (e importantíssimo para a minha coleção) era que nessa época a Fanta acabara de lançar os sabores citrus e maça (futuro post sobre os sabores da Fanta).

Hoje confesso que meu pai queria que a primeira lata virasse um porta lápis/caneta/tesoura ou algo do tipo. Mas para minha felicidade isso não foi possível.

Agradeço mais uma vez por ter lido e prometo escrever posts mais curtos para não tomar muito seu tempo. Agora devo desligar todo esse bang, pois mais uma viagem está terminando.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

A coleção


Resolvi voltar a escrever. Ou melhor, voltar a mostrar, já que nunca parei de escrever. Dessa vez, escreverei sobre uma paixão. Não me pergunte a razão por ter começado a coleção, pois não sei. Não me pergunte o que sinto ao colecionar, pois não sei e não me pergunte quando vou parar, pois também não sei. Colecionar latas (de bebidas e não de chocolate, panetone, óleo, tomate, nem muito menos garrafas) não foi um dom e sim foi uma escolha. Ao invés de ir para as drogas e o alcoolismo (nesse eu estou), escolhi colecionar e também tocar bateria (essa parte fica para outro blog). 

São 12 anos de coleção, comecei em março de 2002 (não me lembro o dia, pois não sou tão louco assim) quando eu tinha 11 anos de idade. A pergunta mais frequente que recebo é quantas latas eu possuo. Não sei, faz uns 7 ou 8 anos que parei de contar. A última contagem foi de 532 latas simplesmente para ultrapassar uma coleção de uma pessoa que conheci. Depois disso, parei de contar mas no começo do ano fiz uma estimativa: contei quantas latas havia em uma prateleira e multipliquei o número de latas dessa prateleira pelo número de prateleiras que tenho. O resultado: aproximadamente 2.500. Muito longe do recorde mundial (80 mil de um colecionador brasileiro se não estou errado). Deste total todo, creio que 55 % delas meu pai e eu compramos e os outros 45% foram doadas, dadas como presente, dadas como recompensa e achadas em shoppings e nas ruas. É por essa facilidade de achar nas ruas e por elas serem baratas que é cômodo colecioná-las. Para você ter uma ideia, no começo da coleção, as latas custavam mais ou menos 0,30 centavos de Dilmas e hoje elas custam, em média, 2,00 Dilmas. A lata mais cara que paguei, até hoje,  foi de um total de 23,00 Dilmas (tema para um futuro post).

Começou numa simples caixa de papelão, depois passou para um armário, depois para a primeira estante de metal, a segunda estante de metal e hoje já está na terceira estante.Todas localizadas numa edícula na casa de meus pais. Eis a última foto:

São latas de vários tamanhos, variadas quantidades, de vários países e de vários sabores. Acredito que os únicos sabores que não tenho são rum e saque (sim, tenho latas de tequila, vodca, whisky, vinho, champanhe, refrigerante, cerveja, chopp, pinga, caipirinha, café, suco, chá, energético e não me lembro se tem mais algum). Infelizmente minha coleção não vale dinheiros algum para colecionadores, pois só de abrir o lacre estou violando a lata e isso faz ela perder o valor. Mas poxa, não teria graça se não experimentasse o conteúdo, não é? Porém, ela vale sim, se alguém amassá-las e vender ao reciclado deve dar uns 15 Dilmas. De resto, valor é apenas simbólico.  

Enfim, será aqui nesse blog que vou contar histórias sobre algumas latas, citar nomes das pessoas que contribuíram e muito para ela (caso não queira que eu cite você, mande um alô no facebook ou por email) e contar o desenvolvimento dela. Antes de você pensar em pornografia, não, não fiquei com nenhuma garota devido a elas (elas já ajudaram, mas não foram a principal causa) e não também, nunca xavequei uma moça com a seguinte frase: "Quer ir lá em casa ver minha coleção de latas?" Já fui desafiados por amigos meus mas nunca fiz isso. 

Tentarei ser cômico em alguns textos, mas não é uma promessa.
Obrigado por ter lido. =)