domingo, 25 de setembro de 2016

Alemanha - Parte 2

Frankfurt, 

A grande cidade da Alemanha que visitei. Sozinho por apenas três dias. Ainda me fascina e causa um certo estranhamento a questão da cultura. Andar a noite é de boa. Todos os serviços que vc necessita deve-se pagar, inclusive o carrinho de supermercado e a sacola dele e o fato de eles não usarem sapatos dentro de casa. Apenas meias ou chinelos, pantufas e simpatizantes do tipo que são específicos do lar. 

Estava em Frankfurt, em seu coração, estadiando no meio do centro novo da cidade. Muito estrangeiros inclusive eu. Muitos muçulmanos com mulheres usando véu, turcos, húngaros, indianos, chineses e japoneses. Uma cidade grande apressada como qualquer outra. Transporte público de boa e bem eficiente e uma cidade que preza o não uso de carros favorecendo bem as bicicletas. Não só Frankfurt mas o país inteiro preza isso. 

Claro que visitei os pontos turísticos como igrejas antigas do século XIV, pontes, o rio Main, a Universidade de Goethe, a Main Tower (inclusive subindo até o seu topo e avistando toda a cidade), o centro antigo, bares, cafeterias e o prédio do Banco central europeu (onde funciona o coração da União Européia). Em volta desse prédio, há uma grande área de lazer, com quadras de basquete, handebol, hóquei na quadra, e é claro futebol (avistei uns caras jogando, me aproximei mas não tive como jogar pois já estava de partida. Queria muito pq o melhor jeito de se conhecer uma sociedade é praticando um esporte nela), uma complexa pista de skate, patins, e bike e um longo percurso para caminhada, além é claro de uma mesa de ping pong feita de concreto e aço que continha a frase "Refugees Feel Home". https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1316828375018453&set=a.227905983910703.59321.100000739107433&type=3&theater

Lá experimentei os pratos típicos da Alemanha, como o famoso Sauerkraut (chucrute - o vermelho é melhor do que o mais claro), as salsichas (sem pensamentos infames) e um verdadeiro Kebab Döner feito por um cozinheiro turco, além do vinho de maça, específica bebida de Frankfurt que muita gente não gosta e que realmente não é bom mas não é tão ruim. O melhor momento em Frankfurt foi ensinar para a galera como fazer a verdadeira caipirinha do Brasil. Trouxe comigo uma garrafa de cachaça e dei como presente para a república onde fiquei. Fiquei bem feliz e agraciado com a reação deles quando fizemos as caipirinhas. Foi algo do caralho e de fato não é uma nacionalidade que faz o seu caráter ou determina ele...é o seu jeito de ser que faz as pessoas gostarem ou não. E propor ensinar a fazer caipirinha e explicando que é um crime colocar água como um dos elementos dela...foi de grandiosa excelência para uma experiência em outro país.



Era difícil de pegar latas por ter que carregá-las depois. Mas visitei alguns supermercados para ter uma ideia de quais seriam escolhidas para pertencer a coleção e fiquei abismado com o preço delas: Uma Paulaner que no Brasil gira em torno de 20 Temers aqui custa 0,85 centavos de Merkels. Em Frankfurt, apenas três. Duas Cocas e um chá. E ai você deve estar se perguntando cadê as cervejas alemãs? Estou com elas já e até o momento estou com 33 latas e contando. No próximo post haverá todas.

Agora estou em Schwäbisch Gmünd (tente pronunciar esse nome hahahaha) a cidade onde meu irmão mora. Viajei de Frankfurt pra cá de trem. Dahora também...é igual busão só que mais fera. Fico aqui até o dia de ir embora.

O tempo não está mais frio. Está frio mas não sei se já estou adaptado aos 17, 18 graus que faz ou se é o sol que tá smirilhando.

A saudades do Brasil já bate e forte. Comemos arroz, feijão, farofa e uma boa picanha nesse final de semana. Mas o melhor país para se estar é onde nós crescemos.

A música de hoje: Dire Straits e Eric Clapton - Walk of life: https://www.youtube.com/watch?v=mjVaJsyr3iY

Dank Frankfurt.







terça-feira, 20 de setembro de 2016

Alemanha parte 1

Ia ser mais dahora viajar se não fosse os bangs de aeroporto e a longa duração da viagem. 12 horas de São Paulo à Frankfurt dormindo apenas 20 min é muito cansativo e impaciente. Vendo filmes como "O Regresso" (que não achei tão bom quanto disseram e tals... é bom mas não tão bom) documentários sobre Serena Williams e Alan Iverson e lendo o livro sobre a história do Alice in Chains enquanto escutava Dire Straits...me fizeram passar o tempo.

A Alemanha não é um país tão tradicional quanto eu pensava. E eles não são tão bravos quanto parecem. É um país muito dahora com algumas particularidades que a diferença de culturas entre Europa e Américas nos proporciona ver. É muito engraçado a concepção de calor para eles. 25° graus é quente e 32° graus é o inferno. Mal eles sabem que a temperatura de boa em Ribeirão é entre esses números hahahahah. Aqui há aquecedores pra tudo quanto é lado, igual ao Brasil só que com ventiladores e ar condicionados. Carros aqui? Os melhores possíveis. Nunca vi tantos Audis, BMWs, Porsches e tantos outros que dificilmente vemos no Brasil. Come-se bem aqui. Na mesa de almoço ou de jantar há poucas opções...porém a comida é pesada. Muitos pães, batatas, e carnes de porco. Tudo muito delicioso. No almoço de sábado, comi um porco assado com um molho madeira de cogumelos e batata empanada...e foi do caralho. 

Minha mãe e eu viemos pra cá pois meu irmão mais velho mora aqui há 10 anos e possui uma família com duas garotinhas muito lindas. A segunda e mais nova fez um ano e foi seu batizado em que fui padrinho. O sentimento de uma humanidade melhor bateu quando batizei minha sobrinha. Na cerimônia tive que ler uma prece. Li em português com a tradução para o alemão no folheto da igreja: "Deixai vir a mim as criancinhas...Pai misericordioso e bom, acolha em seus braços a pequenina Elisa, protegendo-a e amparando-a em todos os momentos de sua vida". A única coisa que tive que falar em alemão foi na hora em que tive que abenço-la e dizer "Com a ajuda de Deus" ou "Mit Gottes Hilfe". 

Claro que as impressões que tenho daqui não são generalistas. São apenas as minhas experiências. E por falar em experiências...é claro que vim aqui caçar latas. Bastante latas, já que aqui se toma muito cerveja, quente ou fria que por sinal são ótimas.   


Essa foi a primeira lata. Peguei no logo no avião indo pra Frankfurt. A Comissária de bordo me oferece uma cerveja...eu digo sim...e ela coloca a lata na minha poltrona. Ao notar que não tenho a lata... pergunto pra ela se é possível eu guardar na minha mochila ou há alguma questão de segurança que me impede isso. Ela ficou muito animada quando contei que tinha uma coleção e ainda me forneceu um papel pra que eu pudesse embrulha-la. 

Haverá mais latas se depender de minha mãe hahahaahha. 

Por fim, é muito confortável e muito tranquilizador viajar e saber falar inglês. #ficaadica.

Não há música hoje porque escrevi por meio do meu celular. Mas fica a indicação de qualquer música do Dire Straits. 

Bis später.